Neco Vieira - Ponto e Pranto

 

Eu sou poeta do Para,
Pirapora, Pavuna,
Perdido pedindo por piedade
Parado passando por problemas
Provável por provas pertinentes,
Por pura paixão piegas,
Puta que pariu perdoando o passado
Perdido pra podres puritanos,
Porém para poderosos padres
Perdoara pouco por pirraça,
Porque passado pela pobreza
Pedira produtos para pobres
Porém permanecia prostrada
Pesarosa por passar perigo
E eu que portava pedras
Pararam e pediram pela permanência
Precisei partir pela passagem
Perigo! Passei por poucos pontos
Percorri pulando patamares
Parei, porém, para pegar peixes.
Passei a priorizar o presente
Poetando um pouco para poder
Passar posteriormente
Para a privada população.
E eu um poeta perigoso
Perdi pouco a pouco a pindaíba
Para prevalecer, pois, a paz.