Nenito Sarturi - Mas Porque Tanto Imposto

 

Num país maravilhoso de riquezas naturais
- Do futebol, amazônia, alegria, carnavais -
Apelido é o que não falta, ouvindo chega ?dá gosto?,
Mas também dá pra ?chamá? de ?país rei do imposto?!

Quando penso nos ?tributo? me bate a desolação
- Não perdoam nem o leite e muito menos o pão,
Até a ?bóia? mais simples, que é arroz com feijão
Não escapa do imposto, nem da tal ?contribuição?.

No biscoito, no barbante, no ?flites? e no sabão,
Tem imposto embutido no velho ?mate leão?,
No polvilho, creme rinse, no sagu e coristina,
No sal de fruta e fermento, na canjica e ?canjibrina?.

Refrão:
Se apertarem mais um pouco eu acho que não aturo
- É tudo abaixo de cifra, é juro em cima de juro!
Num país que é tão rico chega até dá um desgosto
Te pergunto, meu amigo: Mas por que tanto imposto?

No ?pano de secá louça? ? aqueles com calendário ?
No chambre da ?muié véia?, no meu pobre escapulário,
No farelo dos meus ?pinto?, graxa patente e no sal,
No arame liso e farpado, que cerca meu mandiocal.

Não tem perdão e nem choro ? o imposto pega ?pareio? ?
E os ?home? que fazem as ?lei? não ficam ?sequé vermeio?.
Dinheiro tem ?de punhado? (e te digo: Não é pouco!)
Os ?grande? ficam com o lucro e o pobre fica com o troco!