Artur Soares - Da Minha Terra

 

O mato do crato do ceará, de fato, tem sabiá no alto jacarandá,
Tem gente jurando que viu o curupira montado em riba do lombo do boi-tatá
Vem, minha gente, cantar! vem, minha gente, rever! o poeta joão do vale, vai assusseder!
Cantando carcará, criando pra viver, gente canta, minha gente, vem rever.

Baião, baião do norte agreste,
Melodia nordestina, paraíba masculina,
Vem, gonzaga, cantar pra gente!
Um martelo, um repente, e não mais que de repente.

O mato do traquino do cangaço, virgulíno, cabra macho, robin hood do sertão,
Tem gente comentando que maria bonita tava cantando uma cantiga de são joão
Vem, minha gente, ouvir! vem, minha gente, olhar! que patativa do assaré vai recitar!
Sonhando pra viver, vivendo pra criar, gente canta, minha gente, vem olhar.

Baião, baião do norte agreste,
Melodia nordestina, paraíba masculina,
Vem, gonzaga, cantar pra gente!
Um martelo, um repente, e não mais que de repente.