Vicente Celestino - Saudade do Sertão

 

Lá na terra altaneira
Onde a cachoeira
Passa a murmurar
A alma se enebria
Na doce harmonia
Do branco luar
Sob um docel de estrelas
Que supõe ao vê-las
Olhos a brilhar
O coração palpita
E todo nos grita
Como é belo amar

E ao frescor tão salutar
Das madrugadas
Divina luma sem igual perfumadas
Queres acaso linda moça comparar
Horror sem fim de uma cidade a tumultuar
A tumultuar
E esse esplendor
De que se veste a primavera
Essa alegria do sertão, pura e sincera
Não tem rival na capital
Onde se abri as mãos
As multidões em vendavais, ilusões