Ro Goethe - Farpas Secas

 

Quantas vezes avanço sobre pontas de facas
Farpas e uma carinha de quem não a nada
Nem ninguém que a proteja.
Eu sou o herói, a onde esteja
Que prega pregos no corpo nu
Debruçado sobre as promessas
Extintas de contos e poesia
Mal feitas, inacabadas e imprecisas.

Derrotado e condenado
Por trocar a carne pelo espírito
Um mês por minutos do dia-a-dia
Sexo casual por um sorriso.

Pra quê ser um humano bom
sendo que te ferem como um bom humano?

Pra quê?
Por quê?
Se tuas asas são de borboleta?