Leon Gieco - O Anjo da Bicicleta

 

El Angel de la Bicicleta

Cambiamos ojos por cielo
Sus palabras tan dulces, tan claras
Cambiamos por truenos

Sacamos cuerpo, pusimos alas
Y ahora vemos una bicicleta alada que viaja
Por las esquinas del barrio, por calles
Por las paredes de baños y cárceles
¡bajen las armas
Que aquí solo hay pibes comiendo!

Cambiamos fe por lágrimas
Con qué libro se educó esta bestia
Con saña y sin alma
Dejamos ir a un ángel
Y nos queda esta mierda
Que nos mata sin importarle
De dónde venimos, qué hacemos, qué pensamos
Si somos obreros, curas o médicos
¡bajen las armas
Que aquí solo hay pibes comiendo!

Cambiamos buenas por malas
Y al ángel de la bicicleta lo hicimos de lata
Felicidad por llanto
Ni la vida ni la muerte se rinden
Con sus cunas y sus cruces

Voy a cubrir tu lucha más que con flores
Voy a cuidar de tu bondad más que con plegarias
¡bajen las armas
Que aquí solo hay pibes comiendo!

Cambiamos ojos por cielo
Sus palabras tan dulces, tan claras
Cambiamos por truenos

Sacamos cuerpo, pusimos alas
Y ahora vemos una bicicleta alada que viaja
Por las esquinas del barrio, por calles
Por las paredes de baños y cárceles
¡bajen las armas
Que aquí solo hay pibes comiendo!

O Anjo da Bicicleta

Trocamos olhos pelo céu
Suas palavras tão doces, tão claras
Trocamos por trovões

Tiramos o corpo, colocamos as asas
E agora vemos uma bicicleta alada que viaja
Pelas esquinas do bairro, pelas ruas
Pelas paredes de banheiros e prisões
-Abaixem as armas
Que aqui só há crianças comendo!

Trocamos fé pelas lágrimas
Com que se educou essa besta
Com sanha e sem alma
Deixamos um anjo ir
E nos sobra essa merda
Que nos mata sem se importar
De onde viemos, que fazemos, que pensamos
Se somos operários, padres ou médicos
-Abaixem as armas
Que aquí só há crianças comendo!

Trocamos boas por más
E ao anjo de bicicleta o fizemos de lata
Felicidade por choro
Nem a vida nem a morte se rendem
Com seus berços e suas cruzes

Vou cobrir sua luta com mais que flores
Vou cuidar de sua bondade com mais que súplicas
-Abaixem as armas
Que aqui só há crianças comendo!

Trocamos olhos pelo céu
Suas palavras tão doces, tão claras
Trocamos por trovões

Tiramos o corpo, colocamos as asas
E agora vemos uma bicicleta alada que viaja
Pelas esquinas do bairro, pelas ruas
Pelas paredes de banheiros e prisões
-Abaixem as armas
Que aqui só há crianças comendo!