Galvão - Chão de Jazz

 

Cangaceiros espaciais (tipo avohais)
Pipocando num vendaval (a beira mar)
Vi um homem na carrapeta
Num cometa atemporal
A pintura que bebe aurora é de estrela de boi-bumbá do terreiro da mesma usina aonde imola o meu olhar

E cora coralina (rever menina!)
E adere Odara em Dora (Vamos simbora!)
Tocam os sinos de Belém
Velei-me meus querubins
É viagem que não tem fim

Não me venha com xenhenhém
Nesse jogo de improvisar
Cada um dá só o que tem
Aonde quer se chegar
Cada um é só o que tem

Um homem branco como eu (filho de deus)
Um homem preto como tu (de belzebu)
Dançando um maracatu
No evangelho de Mateus

Grão-visir colobri e o vento soprou cassis
Fiz doce de buriti incrustado nalguns rubis
Ai carai, ai Paris!
Tô sentado com Zé Ramai aqui nesse Chão Giz