Carlos Niehues - Diamante

 

Foi navegando, navegando que adentrei no teu mar
E o tempo ilustre num embuste me acenava na areia?
Ó teia?
A aranha tece seu destino nos limites do alcance
Mas o romance ultrapassa o fogo doido que ateia

Foi mergulhando, mergulhando que pude vislumbrar
O ouro oculto que habitava no coração daquele
Sereia?
Morena de boca pequena ae jeito de querubim,
Passou por mim dando de graça a luz de lua que clareia

E deu o amor, e eu não souber amar
Pensei que só era pura anfetamina
Tirei o sal que tempera o mar
A canção da solidão se contamina
Hum?

Foi cavocando, cavocando que fiz me atravessar
No meu planeta distante e parei nas bandas da china,
Mina?
Um diamante na mão e vejo pedra comum
Fogo no fim vira fumaça e se confunde na neblina?

Foi escalando, escalando que avistei de um lugar
O paraíso que havia dentro da nossa aldeia,
Tonteia?
Só de saber que eu não soube como te conquista
O dia-a-dia num disfarce nos injeta em sua veia...