- Sovando Amores e Penas
O vento chegou mui bravo
Sempre campeando um açoite
Vagando dentro da noite
Se entropilham nos anseios
Que se extraviram no rastro
De algum apelo medonho
Que venho costear no sonho
E me encontrou nos arreios.
Sem sono pensando longe
Lembrei da quela volteada
Que andei correndo uma egüada
No unharal da formosa
Inté numa enchente grande
Das macharronas me lembro
Que dão no mês de setembro
Com as cheias de santa rosa.
Estes recuerdos são glórias
Pra quen vive ou desdobrando
A sina de andar rolando
Sem ter medo do destino
Sovando amores e penas
Para encurtar as distâncias
Que fazem de um peão de estância
Um índio xucro e teatino.
Surrado pelos güascassos
Que nos aquebratam na acalma
E vão castigandoa alma
Deixando a estampa do avesso
Mas se nasci pra ser quebra
Ei de morrer junto aos malos
Depois dum golpe dum pealo
Vou ter o fim que mereço.
Mas vou deixar o meu rastro
Na volta dos corredores
Na goela dos campeadores
Ha de ficar o meu grito
Que andará pedindo boca
E retrechando na culatra
De alguma tropiada ingrata
Pra charqueada do infinito.
Nas aguadas do banhado
Meu corpo será remanso
Campeando um tal de descanso
Para que eu possa algum dia
Pedir morada pra deus
E venha surgir de novo
Cheio de balda e retovo
No lombo das sesmarias.
Sovando amores e penas...
Letras
- A Boa Vista do Peão de Tropa
A Cusco e Mangaço
A Morte de Um Potro
A Uma Tropilha Veiaca
Alma de Fronteira
Ao Presentear Um Cavalo
Ao Trote
Apaysanado
Assim Sou Eu e Me Vou
Baia Sebruna
Baile Gaúcho
Bastos, Potros e Guitarras
Batendo Cangáia
Cabanha Toro Passo
Campeiros
Cantiga para o meu Chão
Cavalinho de Pau
Chakay Manta
Chasque Pra Dom Munhoz
Com a Alma Presa na Espora
Coplas de Andarengo
Coplas de um Tosador
Coplas Para Um Dia De Chuva
Crescente Macharrona
Da Alma De Dom Emílio
Das Coisas Simples da Gente
Das Volteadas de Uma Estância
De Campo e Alma
De Estrela a Estrela
De Quando um Malo se Bolca
De São Borja ao Batoví
De Vida e Tempo
Depois da Lida
Depois de um tiro de laço
Desbocado e Sem Costeio
Dueto das Invernias
É Bem Assim...!
Empeçando a lida!
Empurrando Tropa
Erguendo a Pátria nos Tentos
Esta Milonga que Canto
Eu não Refugo Bolada
Floreios
Garreado
Gaúcha
Hora do Sossego
Imagens
Lá Na Fronteira
Lamento Posteiro
Lâmpana
Lavando a Égua
Linguagem Pátria De Um Povo
Machaço Confronto
Mas que baita gauchada
Menos Que Deus e Mais do Que Um Homem
Milonga Maragata
Na Boca da Noite
Na Boca do Brete
Na Forma
Na Hora do Amargo
Na Presilha do Laço
Na Solidão de Algum Posto
No desdobrar das auroras
No Rastro de Uma Milonga
No Rumo de um Coração
Nos Bailes do "Maragato"
Num Dia de Mormaço
Num Posto, Num Fim de Mundo
O campo
O Domador e a Milonga
O Que É Sagrado Pra Mim...
O Sonho
Os "Loco" Lá da Fronteira
Paleteada
Pequenos Fragmentos de Um Ritual de Campo
Poema a Moça da Janela
Por Ela
Por Um Abraço
Pra Bailar de Cola Atada
Pra O Índio Que Gineteia
Prego na Bota
Quando A Alma Abre As Porteiras
Querência
Regalo
Retoço sem freio
Retrato de Pampa e Invernada
Ritual Crioulo pra um Domingo de Carreira
Roçando as "Viria"
Romance do Mascarado
Romance Dos Olhos Negros
Romanceiro de Estrada e Posto
Romaria dos Pirilampos
Ronda de Tropa
Rosilho Maleva
Santo Chão
Sob As Mangas Do Aguaceiro
Sovando Amores e Penas
Tirando o Boi do Rodeio
Tranco de Fronteira
Tropilhas e Ginetes
Um milongão dos veiacos
Uma Milonga das Buenas
Versos Para Uma Flor
Vida de Peão
Xucro Ofício