- Tristeza Chamamecera
Goteja lá das estrelas
Com um assento guaranyetê
O mel que adoça um pouco
A tristeza índia do chamamé
Do olhar manso do cacique
Vendo o último tapé
Pingou a angústia sangüínea
Que anda nas veias do chamamé
Ficou enredado aqui dentro
O pio tristonho de uma irerê
E um gosto de fruta agreste
Do céu da boca do chamamé
Olor de touros e pumas
Cordeona hoje eu sei porque
Tu tens um cheiro de malva
E de flor do campo do chamamé
Às vezes quieto e solito
Olho esta terra tupamba´é
E a mágoa que turva os olhos
Sai pelos dedos num chamamé
Canção dos ranchos posteiros
Será sempre o meu payê
Se até o vento maleva
Quando assobia é um chamamé
Por isso eu canto sempre
Com esta prosódea aváñe´é
E o grito de quem não grita
É o sapucay do meu chamamé
Olor de touros e pumas
Cordeona hoje eu sei porque
Tu tens um cheiro de malva
E de flor do campo do chamamé
Que o grande tupã me guarde
Com este entono imaguaré
Que eu tenho a sina costeira
De pés descalços sem cachapé
Tocando mi m´baracá
E embalando este sonho añe
Vou morrer crucificado
De gaita aberta num chamamé!
Letras
- Alma
Aquarela do Conesul
Aquarelas do Conesul
Baile do Sapucay
Coplas de Terra Morena
Coplas de um gaúcho brasileiro
Cuando El Amor Muere En El Alma
Da Simplicidade do meu Verso
Huella de un Corazón Peregrino
Minha Gaitinha
Noites do Rio Caverá
Pampeana fé
Pelas Milongas do Peito
Pra quem faz a pátria num basto
Rodeio das Entoradas
Tristeza Chamamecera
Últimas Carretas