- Querência
De fronte ao galpão grande
um cerne de curunilha
palanqueador de tropilhas
cravado num chão sulino
sob a luz de um céu divino
o campo que não se entrega
a pata e peito de égua
vai ressabiando o destino
A várzea se estende longe
vista do fundo das casas
e um campeiro cria asas
repassando a bagualada
quem tem olhos de invernada
e ânsias de crioulo no peito
faz o que deve ser feito
e o resto ajeita na estrada
A fibra desta querência
vem das lidas campo à fora
trazendo pátria na espora
e no cantar do fronteiriço
mesca de ciência e feitiço
timbrada a berro de gado
e a bufo de mal-costeado
que se amansou no serviço
[Declamação]
De dia? Sol e nuances
De noite? romances e lua
Nesta querência xirua
cada vez mais entonada
Aparte, tombos, bolcadas
pealos, rodeios, carreiras
e um sotaque de fronteira
Pa hablar de una jineteada
Um paraíso é quem ronda,
De copa mansa e serena.
a velha estância torena
enchendo o pealo de flores
e pra entreter dissabores
fumo bueno e figuerilha
Rincão de gente gaúcha
vida, terra e liberdade
quem se vai, sente saudade
quem volta bendiz a Deus
o mundo é feito de adeus
de apeie e chegue pra diente?
quem busca um sonho distante
acha bem perto dos seus.
Letras
- A Boa Vista do Peão de Tropa
A Cusco e Mangaço
A Morte de Um Potro
A Uma Tropilha Veiaca
Alma de Fronteira
Ao Presentear Um Cavalo
Ao Trote
Apaysanado
Assim Sou Eu e Me Vou
Baia Sebruna
Baile Gaúcho
Bastos, Potros e Guitarras
Batendo Cangáia
Cabanha Toro Passo
Campeiros
Cantiga para o meu Chão
Cavalinho de Pau
Chakay Manta
Chasque Pra Dom Munhoz
Com a Alma Presa na Espora
Coplas de Andarengo
Coplas de um Tosador
Coplas Para Um Dia De Chuva
Crescente Macharrona
Da Alma De Dom Emílio
Das Coisas Simples da Gente
Das Volteadas de Uma Estância
De Campo e Alma
De Estrela a Estrela
De Quando um Malo se Bolca
De São Borja ao Batoví
De Vida e Tempo
Depois da Lida
Depois de um tiro de laço
Desbocado e Sem Costeio
Dueto das Invernias
É Bem Assim...!
Empeçando a lida!
Empurrando Tropa
Erguendo a Pátria nos Tentos
Esta Milonga que Canto
Eu não Refugo Bolada
Floreios
Garreado
Gaúcha
Hora do Sossego
Imagens
Lá Na Fronteira
Lamento Posteiro
Lâmpana
Lavando a Égua
Linguagem Pátria De Um Povo
Machaço Confronto
Mas que baita gauchada
Menos Que Deus e Mais do Que Um Homem
Milonga Maragata
Na Boca da Noite
Na Boca do Brete
Na Forma
Na Hora do Amargo
Na Presilha do Laço
Na Solidão de Algum Posto
No desdobrar das auroras
No Rastro de Uma Milonga
No Rumo de um Coração
Nos Bailes do "Maragato"
Num Dia de Mormaço
Num Posto, Num Fim de Mundo
O campo
O Domador e a Milonga
O Que É Sagrado Pra Mim...
O Sonho
Os "Loco" Lá da Fronteira
Paleteada
Pequenos Fragmentos de Um Ritual de Campo
Poema a Moça da Janela
Por Ela
Por Um Abraço
Pra Bailar de Cola Atada
Pra O Índio Que Gineteia
Prego na Bota
Quando A Alma Abre As Porteiras
Querência
Regalo
Retoço sem freio
Retrato de Pampa e Invernada
Ritual Crioulo pra um Domingo de Carreira
Roçando as "Viria"
Romance do Mascarado
Romance Dos Olhos Negros
Romanceiro de Estrada e Posto
Romaria dos Pirilampos
Ronda de Tropa
Rosilho Maleva
Santo Chão
Sob As Mangas Do Aguaceiro
Sovando Amores e Penas
Tirando o Boi do Rodeio
Tranco de Fronteira
Tropilhas e Ginetes
Um milongão dos veiacos
Uma Milonga das Buenas
Versos Para Uma Flor
Vida de Peão
Xucro Ofício