- No Rancho Das Querendonas
Lua grande, noite clara
Como para estender a carona
No rancho das "querendonas"
Governava o bate-coxa
Trote largo, rédea frouxa
Cheguei "mamao", e por loco
Fui pagando e não quis troco
E me enlotei com as "morocha"
Peguei pra o lado da copa
E os camoatim se amontoavam
As traíras beliscavam
Mais ariscas que quatiara
Quem não se arrasta, dispara
São tudo de pouca cincha...
Depois que a gaita relincha
Perdem a vergonha na cara!
Total... eu não tenho medo
Dessa tal de assombração
Não sou de cruzar a perna
Nem que rebente o tentão!
Se o mundo é dos corajosos
Campeio um lugar na aldeia
Quanto mais a toca é feia
Mais me agrada "arrumá" um poso
Depois de mete umas canha
Se "floriamo" com as tinhosas
E dando linha na prosa
Largamo os cusco no mato...
E atropelamo de fato
Pra ver o jeito que esbarra
De-lhê pandeiro e guitarra
E eu firme, que é um carrapato.
No rancho das "querendonas"
Quando a cordeona se alça
A poeira e a fumaça
Fazem adorno no pala
Na volta escura da sala
Saquemo a lonca do couro
Se não se quadra um namoro
O baile acaba na bala.
Letras
- A Poesia Dos Campos
Alma de Campo
Anseios Chamameceros
Arranchado
Braguetazo
Com O Sul No Coração
Copla Veranera
Depois Da Lida
Diário do Fronteiriço
Do Tranquilo Ao Tajamar
Flor Encarnada
Graças a Deus
Luz de Outono
Mate do Estrivo
Meu Poncho
No Fio da Faca
No Rancho Das Querendonas
Os Olhos Da Morena
P'a La Risa
Pátria de Campo
Peão do Cantagalo
Romance De Um Posteiro
Romance Do Pingo Baio
Romancear
Ronda
Um Chamamé De Fronteira