- Milonga do Pajador
Milonga do Pajador
Venho do fundo da história que foi escrita por mim
No repicar do clarim da luta emancipatória
Reprisando a trajetória dos velhos tebas guerreiros
De romances galponeiros com legendas e amarguras
De dia bebo lonjuras, de noite apago o luzeiro
Sem nunca ter pouso certo, parador, patrão nem dona
Me estendo sobre a carona o pingo pastando perto
Que a atração do campo aberto não há ninguém que resista
E o pajador nativista que o céu inspira e acalma
A querência dentro da alma e o mundo a perder de vista
E a própria estrela boieira que me guia e me desperta
E quando a saudade aperta a guitarra companheira
Faz da milonga campeira o mundo ficar pequeno
E como contra-veneno da mágoa que me acompanha
Bebo graxa de picanha com salmoura de sereno
As vezes quem nada tem é aquele que melhor vive
Quantas fortunas eu tive sem nunca ter um vintém
Amando e querendo bem sempre no maior empenho
E de nada me abstenho quando a incerteza me assalta
E até mesmo o que me falta, faço de conta que tenho
Pajador que trás de infância esta bárbara tendência
De ir de querência em querência, e andar de estância em estância
Sempre olfateando a distância os mil sonhos que extraviei
Por onde andarão não sei no sem fim do céu e o pasto
Mas hei de encontrar o rastro dos versos que não cantei
Um dia quando eu me for rumbeando a querência eterna
Onde bolearei a perna diante do meu criador
Não chorem ao pajador do velho pago florido
Que há de cantar comovido até o último repuxo
Porque só em nascer gaúcho vale a pena ter nascido.
Letras
- Timbre de Galo
A volta do Sorro Manso
Tenteando o Bico da Gansa
Queixo Duro
Companheira
Guasca
Meu Canto
Ronco da Oito Baixos
Rasga Cueca
O Quilombo Das Luzia
Galo Missioneiro
Bailanta do Tibúrcio
Décima do Sorro
Lobisome Esperto
Desde os tempos de Sepé
De guerreiro a payador
Gritos de Liberdade
Se Guasqueando Pros Dois Lados
Bagual
Herança Missioneira
Milonga
Guri Canoeiro
Amigo Pedro
Milonga do Pajador
Velha Gaita
Ressureição
Décima do Bico Branco
Rio Guri
Beleza Missioneira
Janelas da Liberdade
Milonga Para Uma Flor
As Pedras São Testemunhas
Trovador Negro
Pátria Colorada
Milonga Dos Ancestrais
Debulhando Milho
Baile de Cola Atada
O borracho
No Balanço da Morena
Quando Eu Abro Minha Cordeona
Deixa De Arte Nicolau
Pampa Livre
Lá No Baile Dos Três Nós
Campeando o Boi Barroso
Touro Roceiro
Surungo do Campo Fundo
Chimarrão À Dois
Cantador
Cantadeira
Desdobrando Um Chamamé
Achego
Tio Manduca Pescador
Três Bandeiras
Relato de Um Cantor Cego
Bem Me Quer
Chinoquinha Missioneira
Magia do Pantanal
Reflexões de quem anda
Nas Torrentes Dos Meus Versos
Entre Rios
Esperança Povoeira
Guitarreiro Ao Pé do Fogo
Fogo Morto
Guapeando
Momento Sério
Orgia Pampeana
Changueiro
Cantiga do Boi Destino
Milonga do Peão de Agora
Está Na Hora
Tiempo Adentro Y Campo Afuera
Nas Asas De Um Chamamé