- Alados
Uma lagarta se escora sobre uma folha verdinha
Depois que come todinha, deixa o talo e vai embora
Quando sente que é a hora de fazer meditação
Se vira em adivinhão e dependurada demora
Se transforma e vai embora, encantada e feminina
Borboleta bailarina, ninfa da brisa e da flora
Numa noite escura, criaturinhas que vagam
Luz ascendem, luz apagam, aqui, ali, acolá
Transformando o jatobá numa árvore natalina
Brilhantes de pela fina no pescoço de Iaiá
Riscando pra lá, pra cá, sem som, sem rosto e perfume
Pirilampo vaga-lume, mosca de fogo auá
Balançando em suspensão, de fuzil engatilhado
Vai e vem desconfiado tarimbado em traição
Na ponta do seu ferrão o gume da baioneta
O fogo da malagueta e a quentura de um tição
Mestre cavalo-do-cão, tranca a rua e traiçoeiro
Marimbondo fuzileiro do quartel de papelão
Letras
- 12 Linhas
A Bagaceira
A Folha da Bananeira
A Velha da Capa Preta
Alados
Bloco da Bicharada
Bonina
Bringa
Caluanda
Canoa Furada
Cantar Ciranda
Fuloresta do samba
João do Alto
Maria, Minha Maria
Meu Rio de Samba
Meu Time
Os Melhores dias de Minha Vida
Pisando em Praça de Guerra
Poeta sambador
Será
Sete estrelo
Soldado de aldeia/barra do dia
Suinã
Tempo
Tempo II
Terra de reis
Toda vez que eu dou um passo o mundo sai do lugar
Trincheira da fuloresta
Vale do jucá